quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Mídia internacional ri com Tirica, campeão de votos

“Os norte-americanos podem achar que a nação é conduzida por um grupo de palhaços em Washington [Estados Unidos], mas milhares de cidadãos brasileiros foram às urnas no domingo para eleger um palhaço de verdade para o Congresso.”


A frase acima está no site da rede de televisão CBS, dos EUA, e é apenas um dos vários exemplos de ironias e brincadeiras feitas por veículos de comunicação estrangeiros a respeito da eleição de Tiririca (PR-SP) para deputado federal.

A TV Bloomberg, especializada no mercado financeiro, não resistiu e também fez uma reportagem sobre o campeão de votos da Câmara brasileira. O repórter informou que o palhaço terá que provar ser alfabetizado. Quando as imagens voltaram a mostrar os apresentadores, flagaram-nos dando risada.

O “Blog Post”, feito pelo jornal “Washington Post”, afirma que Tiririca “deixa envergonhados” os políticos norte-americanos. A autora do texto lamenta que o palhaço não tenha sido incluído na lista dos “melhores” anúncios políticos, feita por colegas dela do “Washington Post”: “Eles não elegeram o verdadeiro marqueteiro do ano: Tiririca”, afirma a autora do texto, Melissa Bell.

O site da “Time Magazine”, também dos EUA, pergunta, já no título de uma reportagem sobre o deputado eleito: “Você também não elegeria esse cara como deputado federal?”.

O jornal britânico “Financial Times” adiantou em seu site uma notícia que será publicada amanhã (dia 5) na edição impressa sobre as eleições no Brasil. O autor da reportagem, Jonathan Wheatley, abre o texto com um dos principais bordões de Tiririca: “Você sabe o que um deputado federal faz? Nem eu, mas vota em mim que eu te conto”.

O blog “Americas”, da revista “The Economist”, cita o caso de forma mais séria. Afirma que o sistema brasileiro induz à corrupção porque os candidatos mais votados dividem o excedente com colegas de coalizão. Com isso, diz o blog, surgem “olheiros” em busca de pessoas que possam angariar um grande eleitorado e carregar consigo outros parlamentares na rabeira.

No país onde fica a redação da “Economist”, o Reino Unido, a eleição para o Parlamento é dividida em pequenos distritos; cada um deles elege apenas um parlamentar. Uma vantagem desse sistema é impedir o fenômeno do “puxador de votos”, o candidato que vai bem nas urnas e ajuda a eleger outro que foi mal.

Uma desvantagem, no entanto, é que, se 51% da população de um distrito vota em um candidato, os 49% restantes ficam sem representação no Legislativo. Ou seja, a minoria, que pode corresponder a quase metade dos eleitores, fica de fora. No Brasil, em que o sistema é proporcional, isso não ocorre. Se um partido tem 10% dos votos em São Paulo, ele terá 10% dos assentos a que esse Estado tem direito.

Fonte: A Muvuca -  
http://alepimentel.blogspot.com/

2 comentários:

  1. Oi Thalita,
    Os estadunidenses não podem falar nada do Tiririca, afinal eles elegeram o Bush! Palhaço por palhaço, ao menos o nosso não é bêbado e nem assassino.
    Bjkas e uma ótima noite para vc.

    http://gostodistonew.blogspot.com/

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  2. Que vergonha para o nosso país!

    Adorei conhecer seu blog!

    Abraços...

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